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OPINIÃO | A OUSADA MAIORIA RELATIVA PARLAMENTAR SOCIALISTA NA XIV LEGISLATURA

Quem ouve o Primeiro-Ministro eleito por sufrágio no passado dia 6 de Outubro de 2019 e empossado no passado dia 25 de Outubro, fala como se dependesse dele próprio para que os diplomas passem na Assembleia da Republica. Desfeita a geringonça com o B.E. e o P.C.P. volta-se para um deputado do Livre e os 4 deputados do Pan. Mas não chega, uma palavra também difícil para os socialistas, numa altura de demarcação para os partidos da oposição.

Assembleia da Republica | Foto DR

Quem viu as últimas parábolas e frases de António Costa, intimidarias, pensou que o PS tinha ganho as eleições com maioria parlamentar. De facto mal vai a politica em Portugal, também mercê dos mais de 5 milhões pessoas que não votaram, não ligam a quer gere os desígnios de um país, onde as desigualdades são cada vez maiores, onde quem trabalha no mesmo sector, não beneficia das mesmas coisas, sendo uns com tudo e outros com nada, onde se camufla um enorme crescimento, com o PIB a 130% e um défice para a União Europeia abaixo dos reais valores, só para Merckl e Macron verem.

Não fazendo acordos com os partidos que lhes serviram de muletas nos últimos 4 anos; que apenas foi mau para estes, e voltando-se para os recém chegados partidos, não consegue maioria parlamentar e na tomada de posse Marcelo Rebelo de Sousa, deixou um sério aviso para a governabilidade e sucesso deste governo, onde deverá existir um bom senso e equidade pós eleitoral.

Não obstante a séria realidade, o Sr. Costa, na primeira aparência parlamentar do novo governo, insiste, nos resultados eleitorais, que lhes deram força, mas não a suficiente para poder cantar de galo, como tem feito até aqui.

A única diferença que resultou destas eleições foi a de que teve mais votos que o PSD à 4 anos, e não precisou de outros partidos mais votados, para que Marcelo Rebelo de Sousa, lhe desse posse, mas com sérios avisos, após ouvir todos os partidos com assento parlamentar.

Mas ainda assim, o governo PS insiste em já vir ainda antes de ir ao parlamento e depois lá, prestar contas, sem ouvir os outros partidos, principalmente quem lhes pode oferecer, maioria de votação e sem negociar com os parceiros sociais, garantiu que o ordenado mínimo chegará a 750€ em 2023, quando o PCP já falou em 850€.

Tenta passar a ideia de vitima, sem fazer as escolhas certas, com os partidos certos, dando a possibilidade ao derrube de um governo de minoria absoluta , quando falhou o seu objectivo de garantir a maioria absoluta.

Após o sonho falhado da maioria absoluta, deveria voltar-se para os partidos que suportaram a governação do anterior mandato, o quererá que os Portugueses se zanguem novamente, como aconteceu com a governação dos partidos de direita e nas recentes eleições com a queda dos mesmos.

Mas não será fácil esta árdua tarefa, pois o PCP já avisou que não está para brincadeiras e o Bloco de Esquerda mais leve, aconselhou ao diálogo preliminar antes da apresentação de leis.

Mas estes partidos de Esquerda, que reúnem consenso parlamentar, será também que não lhes sairá caro, pactuarem com este governo e suas tendinites.

O Bloco manteve os seus deputados, mas não conseguiu subir como antes, quando era um partido de real oposição e que defendia e bem os direitos dos cidadãos mais vulneráveis, onde conquistou melhorias ambientais, mais emprego, melhores condições de trabalho, brigava a séria nas disputas parlamentares, a colagem a este PS não lhes fez bem, e ganharia muito mais sendo uma oposição real.

Já o PCP demarcou-se, e bem, pois desceu em número de votantes e deputados e a sua colagem ao Governo PS que não ganhou as eleições, fez com que o seu eleitorado se sentisse defraudado e ao mesmo tempo não lhe dando uma segunda hipótese de uma melhoria parlamentar.

Seria bom que estes dois partidos fossem realmente uma oposição eficaz, e não regateando uma união ao Partido Socialista, que em nada os favorece.

PJC



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