Trabalhadores da Função Pública estão em greve geral esta sexta-feira 18 de novembro por melhores condições de vida
A Frente Comum convocou uma greve geral da função pública para esta sexta-feira, dia 18 de Novembro, por aumentos salariais dignos, pela valorização de todas as carreiras, pelo desbloqueio da progressão das carreiras gerais para os CIT, que têm um acordo coletivo assinado de 2018, mas que não foi posto em prática, além de outras reinvindicações. Também médicos, enfermeiros, professores e outros profissionais das mais variadas áreas estão juntas nesta luta.
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d.r. |
Esta greve geral, recorde-se, acontece uma semana antes da votação final do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) e de acordo com o líder da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, os trabalhadores vão dar "uma resposta expressiva" à proposta do Governo na greve nacional, face aos aumentos salariais previstos, que considera insuficientes.
"O Governo tomou uma opção que leva ao empobrecimento dos trabalhadores e apresentou-nos isso logo na primeira reunião negocial. Evoluiu na forma de distribuir o mal pelas aldeias, mas não quer resolver o mal", afirmou Sebastião Santana.
O sindicalista contestou o aumento salarial global médio de 3,6%, referindo que a inflação homóloga é nesta altura superior a 10%.
De referir ainda que, em julho de 2018 foi assinado um acordo coletivo de trabalho, com os trabalhadores em CIT, onde em uma das alíneas consta a progressão efetiva nas carreiras, por intermédio de Siadap, mas até ao momento nada de concreto se passou, além de que os pontos contabilizados para trabalhadores com, 10, 20, 30 anos de carreira não são contados, ou seja um trabalhador que entre hoje na função publica nas carreiras ganha o mesmo, que um com 10, 20, 30 anos de experiência e trabalho.
"Perante isto, os trabalhadores darão a resposta no dia 18 de novembro. Vai ser uma resposta expressiva, porque os trabalhadores estão fartos de empobrecer", sublinhou o coordenador da Frente Comum, referindo-se à greve nacional marcada para sexta-feira.
Também os Inspetores tributários juntam-se à greve num comunicado enviado às redações, em que anuncia a decisão em juntar-se à greve convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Função Pública, a PIT afirma que os inspetores tributários e aduaneiros "não se iludem com promessas e ilusões 'vendidas' pelo Governo para um futuro, que todos reconhecem como absolutamente incerto".
"Após mais de uma década de congelamentos salariais que levaram os trabalhadores da função pública para uma perda média de poder de compra de 11%, o Governo de maioria absoluta do PS -- Partido Socialista apresenta-nos como solução a perda de mais um salário mensal no conjunto dos anos de 2022 e 2023", refere a APIT.
Esta paralisação servirá, afirma, para lutar contra a "manutenção de uma inaceitável quebra" do poder de compra e exigir "adequadas atualizações salariais".
A ordem dos médicos também fez pré-aviso de greve, tal como os enfermeiros que vão no 2.º dia de greve, tendo anunciado já mais outras paralizações.
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