Governo decreta Estado de Calamidade derivado ao enorme volume de incêndios

O primeiro-ministro decretou, esta terça-feira, "situação de calamidade" nos municípios afetados pelos incêndios em Portugal nos últimos dias. Sob o olhar atento do Presidente da República, Luís Montenegro apontou aos incendiários, a quem se recusa a perdoar.

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"Não vamos baixar os braços, vamos utilizar toda a nossa capacidade no teatro das operações", disse o líder do Governo, antes de decretar, em nome do Executivo que lidera, a situação de calamidade.
Deliberamos regimes excecionais para que todas as pessoas da administração pública possa estar nas operações nos próximos dias", acrescentou.


Montenegro apontou também os esforços na prevenção, com uma mensagem assertiva: "Não podemos perdoar quem não tem perdão. Não podemos perdoar atitudes criminosas nas bases da ignição".


O primeiro-ministro procurou tranquilizar os portugueses ao dizer que o Governo vai estar empenhado em combater aqueles que "colocam vidas em risco por interesses particulares".


"O Estado vai atrás dos responsáveis por estas atrocidades. Não vamos largar aqueles que em nome de interesses pessoais são capazes de colocar em causa a liberdade e a própria vida dos cidadãos. Sabemos que há fenómenos naturais e sabemos que há circunstâncias de negligência que convergem para que possam eclodir incêndios florestais. Mas há coincidências a mais."


"Não vamos largar estes criminosos. Há interesses que sobrevoam estas ocorrências e que nós tudo vamos fazer para identificar e levar às mãos da justiça", rematou.


No discurso, Montenegro aproveitou para, uma vez mais, "reiterar o pesar pela partida de três bravos bombeiros que estavam ao nosso serviço", além de expressar gratidão pelos operacionais que combatem os incêndios que lavram por todo o País, com especial destaque nas zonas Norte e Centro.


Marcelo Rebelo de Sousa atento a "situação dramática"


O Presidente da República disse que está atento à "situação dramática" vivida em Portugal.


"Esperamos que amanhã [quarta-feira] e nos dias seguintes seja muito mais claro o efeito do combate corajoso de todos os operacionais da Proteção Civil, Forças Armadas, GNR", descreveu Marcelo Rebelo de Sousa.


O chefe de Estado denunciou um "número muito elevado de ignições durante o dia". "Estamos todos juntos, portugueses, operacionais, autarcas, órgãos de soberania, na mesma causa, a causa nacional", defendeu.


PJCruz abrantesnafrenteblog@gmail.com

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