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TRIBUNAL DE SANTARÉM CONDENA PROFESSORA A 19 ANOS DE PRISÃO POR MATAR MARIDO NA CASA DE AMBOS EM ABRANTES

A professora que matou o marido, enquanto o mesmo dormia num sofá no alpendre do jardim, da casa de ambos em Chainça (Abrantes), foi condenada esta manhã no Tribunal de Santarém a 19 anos de prisão, no dia que faz precisamente um ano passado do crime ocorrido.




A professora de 51 anos, Margarida Rolo que matou o marido, a 16 de Agosto do ano passado, em Chainça (Abrantes), na casa de ambos com 79 facadas e 7 golpes de martelo, segundo a acusação do Ministério público, foi condenada a 19 anos de prisão.

De acordo com a sentença proferida, o Tribunal não conseguiu apurar o motivo pelo qual a mulher matou o marido, além de não dar como provadas as alegações do Ministério Público (MP) de que a professora havia engendrado um plano para matar o marido, o Tribunal também não deu como provada a tese da mulher de que agiu em legítima defesa e que era vítima de violência doméstica.

Recorda-se que, de acordo com a acusação do Ministério Público, no dia 16 de Agosto de 2018, a suspeita conseguiu que o marido ingerisse, à hora de jantar, alguns medicamentos que lhe viriam a provocar sonolência. A mulher, que começou por combinar um café com uma amiga, saiu depois de casa e levou os filhos para o encontro. Já no carro, Margarida Rolo deu a desculpa de que precisava regressar a casa para ir à casa de banho. Enquanto o marido, José Duarte, dormia num sofá no alpendre do jardim, a mulher começou a desferir golpes na cabeça do mesmo com um martelo. Em causa estaria o facto de a professora estar descontente com o facto de o marido se querer divorciar.

Na sessão de julgamento no Tribunal de Santarém, Margarida Rolo não conseguiu explicar ao colectivo de juízes, porque razão José Duarte continha vestígios de alprazolam (ansiolítico) e mirtazapina (antidepressivo) no sangue.

Questionada acerca do facto de ter dito aos vizinhos e, posteriormente, à PSP, que tinham sido assaltados, a arguida reconheceu que mentiu para que não pensassem que tinha sido ela.

A 15 de julho, nas alegações finais, o procurador do Ministério Público pediu uma pena superior a 18 anos, sublinhando que a arguida "matou um ser humano de forma sádica, cruel e particularmente dolorosa". Considerando ainda que não ficou provado que esta tenha sido vítima de maus tratos, físicos ou psicológicos.

Margarida e José estiveram casados 14 anos. Os filhos, ambos menores, continuam a viver na mesma casa e estão ao cuidado dos avós.

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