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ABRANTES | ACUSAÇÃO DESCREVE CRIME HORRENDO DO ASSASSINATO DE PROFESSOR EM AGOSTO DO ANO TRANSACTO


O Ministério Público no despacho de acusação descreve que: "Foram necessárias pelo menos 79 facadas e sete golpes de martelo para Margarida Rolo assassinar o marido, José Duarte, na residência do casal, em Chainça, nos arredores de Abrantes". O julgamento tem inicio esta Sexta dia 10 de Maio no Tribunal de Santarém.





Os números constam do Despacho de Acusação do Ministério Público (MP), a que a Rede Regional teve acesso, e onde está descrita a frieza, o calculismo e a tremenda violência que esta professora do 3º ciclo usou para cometer o homicídio, crime pelo qual vai começar a responder no Tribunal de Santarém esta sexta-feira, 10 de maio.

No que se refere ao motivo, o MP aponta o descontentamento com a vida conjugal e o facto do marido se pretender divorciar dela, situação com a qual não se conformava. 

Foi então, segundo a Acusação, que engendrou um plano para tirar a vida a José Duarte, que tinha 51 anos e era também professor, fingindo posteriormente um assalto à vivenda onde residiam. A mulher, de 43 anos, começou por combinar com uma amiga ir beber um café ao Parque de São Lourenço na noite de 16 de Agosto de 2018, levando consigo os dois filhos do casal, de 11 e 14 anos. 

Antes, pela hora de jantar, Margarida Rolo conseguiu que o marido ingerisse alguns medicamentos, com o objectivo de lhe provocar sonolência. Já com os filhos dentro do carro, a mulher deu como desculpa que precisava de ir à casa de banho e regressou à vivenda, onde José Duarte dormia num sofá no alpendre do jardim, sob o efeito dos fármacos. 

A professora muniu-se então de um martelo, que usou para desferir pelos menos sete pancadas na cabeça do marido, mas sem o conseguir matar. Mesmo surpreendido e atordoado, José Duarte levantou-se e ofereceu luta à mulher, tirando-lhe o martelo. 

Foi então que a mulher correu para a cozinha, onde agarrou uma faca com 18 centímetros de lâmina e voltou para o logradouro, onde o marido estava sentado no chão e combalido. 

Segundo o Despacho de Acusação, a mulher espetou e golpeou José Duarte pelo menos 79 vezes, antes da vítima cair inanimada junto à piscina, local onde faleceu. 

O plano de Margarida Rolo foi estragado pelos vizinhos, que ouviram os gritos de socorro do marido e foram bater à porta da vivenda, com insistência. 

A mulher tentou lavar os vestígios de sangue que tinha nas mãos e no corpo e ainda teve tempo de colocar a sua roupa numa máquina de lavar, antes de aparecer junto aos vizinhos a gritar por ajuda, pois tinham acabado de ser assaltados por dois homens encapuçados. 

A versão da arguida foi desmontada rapidamente pela Polícia Judiciária (PJ), que acabou por efectuar a sua detenção e levá-la a primeiro interrogatório judicial, que decorreu no Tribunal do Entroncamento. 

Margarida Rolo está em prisão preventiva desde então, e vai ser agora julgada em Santarém por um crime de homicídio qualificado.


In: rede regional.pt



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