ABRANTES | TOQUE DA FUNDIÇÃO DO ROSSIO DE ABRANTES DEIXOU DE SE OUVIR ESTA SEGUNDA-FEIRA 03 DE DEZEMBRO

Quem acordou esta manhã de Segunda-Feira dia 03 de Dezembro, e quem estava habituado a ouvir o toque da manhã, da bucha, do Almoço, do meio da tarde e do final de mais um dia de trabalho que ecoava a partir das Fundições do Rossio de Abrantes (FRASAM) estranhou tal acontecimento, estará assinalado o fim de 118 anos de existência, desta fábrica, que foi motor da região, que deu trabalho a tantas famílias e que deixa neste momento cerca de 80 trabalhadores à beira do desemprego. Mais uma triste noticia para as gentes de Rossio ao Sul do Tejo.


FRASAM | Foto: Rodas de Viriato


São cerca de 80, os trabalhadores, que a partir desta Segunda-Feira dia 03 de Dezembro, ficam sem trabalho, várias famílias, alguns da mesma casa, que ficam com as suas vidas desfeitas, num concelho onde o emprego é cada vez mais difícil de encontrar, torna-se penosa a sua subsistência, vendo agora o seu rendimento mensal diminuído e com o processo indemnizatório numa  miragem.

Foram 118 anos de existência e os seus toques característicos: da manhã para entrar ao trabalho, da bucha, do Almoço, do meio da tarde e do final de mais um jornada, pararam de ecoar nos céus de Rossio ao Sul do Tejo, onde as gentes sentiram a sua falta em mais um triste dia para esta localidade.

A lista de credores de insolvência é extensa no valor de 30 000,01 €, onde antes existiram dois pedidos do PER (Plano especial de revitalização) sem sucesso, o que levou a que o administrador judicial, Dr. Carlos Cintra Torres, entregasse na passada semana no Juízo de Comércio do Tribunal da Comarca de Santarém um pedido para que a empresa entrasse em insolvência, já que da parte dos credores, não existe credibilidade na viabilidade da empresa.

Uma localidade; Rossio ao Sul do Tejo, voltado para a ruína, vários foram os serviços que nos últimos anos têm encerrado: moagens, finanças, ctt, bancos, mercado entre outros empresários individuais, sem que haja uma manifestação de alento para tentar reerguer e reverter situações todas praticamente com viabilidade de se poder sustentar e de dar postos de trabalho para a região.

Estamos perante um município onde se perdoam dividas, onde se investe a olho nu, com elevados prejuízos, em situações que acabam como carambolas, onde se tenta realocar a baixo custo e com incentivos em certas zonas, mas onde não se dá a mão a empresas seculares, ficando trabalhadores e famílias colapsadas ao vento da sobrevivência destes tempos modernos.

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